segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O caso de Natsumi Tsuji ( Nevada-Tan ). Menina assassina



Olá, amigos!  Sendo este meu primeiro post, venho até vocês, para falar do caso de “Natsumi Tsuji” (Nevada-Tan), a pequena assassina. Um caso que chocou o Japão e o mundo. Porem por onde anda a pequena assassina?  Quais foram os reflexos causado em sua pequenina mente, após ter sido reclusa a uma clínica psiquiátrica? A pergunta, é!!  Passados 11 anos, de tratamento será, que ouve algum resultado positivo, na mente diabólica dessa criança ?




A historia

O ano é 2004. Em meio a uma multidão, de pessoas: Alunos, professores, equipes medicas, oficiais da polícia japonesas e pais desorientados, uma personagem se destaca. Estudante da escola Elementária Okubo de Sasebo, prefeitura de Nagasaki (Japão); uma escola como outra qualquer, em que crianças se diverte e aprende. Natsumi Tsuji é uma estudante " modelo " aplicada aos estudos, tirava excelentes notas, admirada pelos professores, era o exemplo de aluna “modelo”. Orgulho para seus pais e familiares. Seu esporte preferido, o basquete. Como qualquer criança de sua idade amava cinema e internet. Seu QI “ pasmem “ de 140. Agora imagina vocês, como é a mente humana, independentemente da idade, uma criança com um alto nível de Q.I, foi capaz de resultar um crime frio, bárbaro e insano? A resposta é: “Não se restringi idade, para a psicopatia em relação a seu nível intelectual”.

 Não é por que sou, mais inteligente ou menos que o outro, que isso me afastara dessa condição. Segundo a Dra. Psiquiatra Ana Beatriz B. Silva: “ Podemos observar características de psicopatia desde a infância até a vida adulta. Vale ressaltar que o diagnóstico exato só pode ser firmado por especialistas no assunto", afirma Ana Beatriz B. Silva, autora do livro "Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado" (Fontanar, 2008). "Além do mais, deve se atentar para a frequência e a intensidade com as quais estas características se manifestam", explica. Ou seja! Será que na maioria dos casos, a psicopatia já vem de berço? Eu acredito que sim.

Continuando a história.
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Natsumi sempre foi vista ao lado de sua melhor amiga, Satomi Mitarai de 12 anos de idade, e poucos meses mais nova que Natsumi. Sua amizade, provocavam inveja aos demais colegas e alunos da escola, entre as brincadeiras e estudos. Amizade que viria a se desabar, por conta de um desentendimento entre as duas, uma discussão sobre um assunto, burlesco de popularidade na escola, acaba gerando a inimizade entre as meninas, que um dia fora inseparáveis. A puberdade é realmente absurda, pois adolescentes têm a tendência de valorizar coisas muito pequenas como popularidade, aparência e etc.

Nessa época, Natsumi já havia começado a se interessar pelo cinema japonês de caráter violento, sendo sua obra preferida o filme “Battle Royale”, (que logo estará disponível para download aqui no blog). O filme considerado culto, que relata uma situação insustentável de violência juvenil no Japão, que obriga o governo a largar anualmente um grupo de alunos em uma ilha, que devem matar uns aos outros para sobreviver (Alguém lembrou de jogos vorazes?). Outro de seus filmes favoritos é “Voice” (que também será disponibilizado para download), embora alguns sites dizem que é um filme japoneses, Voice é de origem Coreana dirigido por Diretor: Ik-hwan Choe, com o elenco:  Ye-ryeon cha, Ok-bin kim, Seo-hyeong kim, Hyeon-kyeon lim, Eun-kyeong na,Ji-hye seo . Sinopse: Uma estudante morre em sua escola sem saber o motivo, e existem apenas duas pessoas que conseguem se comunicar com ela: A sua melhor amiga e uma garota que ela não vai com a cara. Ela apenas irá descansar em paz depois que as pessoas se esquecerem dela, mas antes ela quer descobrir o motivo de sua morte. ” Perfeito! ” Particularmente adoro esses filmes.

O filme : " Voice"

Capa de Battel Royalle



Sua colega e antiga amiga

Satomi fez um comentário na internet chamando Natsumi de “gorda”. Natsumi não aceitaria essa provocação.  Ela já havia criado algo macabro dentro de si, não saía de casa e a internet era seu único refúgio social. Sua mãe lhe obrigou a largar o basquete e dedicar seu tempo integralmente aos estudos pois suas notas estavam indo de mal à pior. Posteriormente ela voltou a jogar basquete, mas desta vez, abandonou-o por si mesma. Se encontrava totalmente deslocada.


No dia 1º de junho do ano de 2004, Natsumi Tsuji levou sua colega Satomi Mitarai a uma sala de aula vazia. Vendou seus olhos com a desculpa de que queria fazer um jogo com ela, e ali, sem mais nenhuma palavra, degolou a menina a sangue frio com seu estilete, e ainda lhe causou vários outros cortes nos braços. Após isso, com a roupa e mãos ensanguentadas, voltou para a aula como se nada tivesse acontecido. Seu professor, ao vê-la coberta de sangue e com o estilete na mão, soltou o alarme e logo descobriu a terrível verdade.

A polícia deteve a menina assassina, enquanto de sua boca o único que se escutou foi “Fiz algo errado, certo? Eu sinto muito. ”. Para os médicos, já era tarde demais, eles apenas puderam constatar a morte de Satomi. Uma alma de doze anos se foi, sem ter vivido o suficiente. Mais tarde foi descoberto que algumas semanas antes, Natsumi havia protagonizado um episódio violento dentro da sala de aula, em que ameaçou um colega com o mesmo estilete que usou para assassinar Satomi.



                                                         Natsumi Tsuji
                                                                   


A menina passou a noite na delegacia de polícia.


Inicialmente não mencionou o motivo de seu ato, mas um pouco depois confessou aos policiais que havia assassinado Satomi Mitarai por causa das mensagens que viu na internet, como comentários sobre seu peso.

A pequena homicida foi julgada em 15 de setembro de 2004 e sentenciada a 9 anos de internamento no reformatório da prefeitura de Tochigi. O governo japonês é muito discreto com a privacidade dos crimes cometidos por menores, e proibiu que os meios de comunicação divulgassem o nome da menina. Os noticiários a chamavam de “Menina A”. Entretanto, um jornalista da Fuji TV, não se sabe se propositalmente ou por descuido, revelou seu verdadeiro nome, Natsumi.

. Na fotografia a seguir, pode-se ver Natsumi (a assassina) à esquerda e Satomi (vítima) à direita, ambas identificadas com uma flecha vermelha. Nesta foto, a menina estava vestindo um moletom azul em que podasse identificar a palavra “NEVADA” (da universidade de mesmo nome, em Reno) em letras brancas. Foi daí que surgiu o apelido de Nevada-tan, o que, em japonês, vem a significar algo como “a pequena Nevada”, fazendo alusão à inscrição de sua vestimenta. Em outros lugares também a conhecem como Nevada-chan. (OBS: essa foto foi tirada algumas horas antes do assassinato, e é a última foto de Satomi viva)






O culto a Nevada-Tan

Impulsionados e motivados pela história de Satomi, surgiram multidões de fanfics e fanarts do assassinato, fotografias da menina (não se sabe se reais ou não) e material de todo tipo. Um grupo alemão de música, chamado Pan!k mudou seu nome para Nevada-Tan e até o grupo australiano Love Outside Andrômeda dedicou a letra “Boxcutter, B
aby” para ela. Tudo justificado por um cruel assassinato.





Jovens japoneses em festa à fantasia.
Menção especial ao grupo Fecal Matter Discorporated, que dedicou uma canção e um disco inteiro, segundo eles mesmos, “a ela e a todas as pequenas assassinas japonesas”.
Também apareceu uma espécie de hino ou canção na internet, segue a letra:

Essa garota com tanta raiva,
Essa garota lá da escola.
Olhe aqui, Neva,
Há algo especial em seu estilete. 
NE-VA-DA!

Por favor, por favor, não me machuque.

Vai apunhalar meu pescoço.

Não, não, não! Não me mate!
NE-VA-DA!

Essa garota se tornou popular

Essa garota com seu desejo especial de “bom dia”.

Olhe aqui, Neva. 

Há algo especial em seu estilete.
NE-VA-DA!

Por favor, por favor, não me corte!

Meu sangue vermelho se espalhará por toda parte. 

Não, não, não! Não me mate!
NE-VA-DA! 








banda  Nevada tan.

Nevada-tan passou de uma assassina para a personificação de uma rebeldia alternativa e violenta, ansiada por um amplo grupo de jovens de todas as partes do mundo. Porém, alguém já parou para pensar na menina e em sua família? Algum desenhista, enquanto divulgava sua admiração por ela, pensava que ela havia assassinado a sangue frio uma menina de doze anos? O que os jovens japoneses precisavam expressar quando se fantasiavam de Nevada-tan? O que lhes causou tanta raiva a ponto de esquecer a morte de uma menina inocente?

Natsumi Tsuji não é uma figura que deva encobrir, ao contrário. Representa o monumental fracasso do sistema educacional e assim se fez chegar ao governo japonês da época, Nevada-tan era uma menina que destilava violência e nem seus pais, tampouco seus professores perceberam isso a tempo. Se uma criança de 11 anos passa horas na internet fazendo desenhos de caráter agressivo, assistindo filmes de violência extrema, não sai mais de casa, larga os estudos e os amigos, algo não está bem. Quem já assistiu “Battle Royale” sabe que não é um filme para crianças de 11 anos.

Os filmes violentos e o conteúdo que a garota estava consumindo na internet tiveram sua contribuição para a formação do caráter violento da jovem, mas não são os aspectos mais importantes nessa história. A falta de atenção, ou negligência para com a garota certamente foi um fator muito mais importante. Sabemos o quanto é competitiva a vida no oriente, e dessa forma não se admira que os pais talvez não conseguissem dar a garota a atenção que ela estivesse precisando, o que fosse necessária para que eles notassem a mudança no comportamento dela.









                             






                                  Algumas imagens feitas por fãs, que percorrem a internet


Obviamente o problema não está na internet, mas sim nas pessoas. Primeiramente nos pais e professores que foram incapazes de perceber a tempo que algo estava errado com Natsumi, para poder ajuda-la. Segundo, na colega que praticou bullying com a menina e acabou por se tornar uma vítima, posteriormente. Terceiro, no sistema educacional que não consegue fazer uma criança distinguir o certo do errado. E em quarto e último lugar, vem os adolescentes que endeusaram a menina, sem levar em conta que isso não é uma brincadeira. Uma vida foi perdida e outra vida foi condenada. Ambas as meninas têm famílias, que foram completamente destruídas pelo tamanho da tragédia. A escola em que estudavam, seus colegas, professores, e até mesmo as pessoas próximas a elas como vizinhos, foram traumatizados de uma forma brutal. O que os usuários fizeram na internet foi muito doentio. Crianças são influenciáveis, agora imaginem se outra menina vê tudo isso, sente vontade de ser adorada como Nevada-tan e acaba por cometer um crime do mesmo.


Finalizando.

Hoje Natsumi Tsuji pode estar solta, não há notícias sobre seu paradeiro, desde que fora levada para tratamentos psicológicos. Não se quer ao menos sabemos se tal tratamentos surgiu efeito, diferente do caso de “Beth Thomas “ protagonista de um cenário de horror, tensão e medo.  Em fevereiro de 1984, uma menina americana de dois anos foi adotada (juntamente com o seu irmão de 7 meses de idade) pelo casal Tim e Nancy Thomas, o qual não podia ter filhos. As crianças foram chamadas Beth e Jonathan Thomas. Com o tempo, Beth revelou-se uma criança raivosa, de ódio incontrolável e com óbvia aversão às pessoas.


Um caso grave, que à fazia cometer atos de violência, contra seu irmão mais novo, por vezes quase o matando. Em uma ocasião, Nancy retirou Beth, de cima do garoto. Em um estado de fúria e ódio, Beth batia fortemente a cabeça do irmão contra o piso do porão, onde o garoto brincava. Porem a dedicação e o amor que Nancy sentia pela menina o apoio de seu marido Tim, juntos tomaram a difícil, decisão, que era procurar um tratamento um tratamento psicológico. Tiveram uma árdua batalha na recuperação. Seu caso era tão serio que durante o tratamento, Beth expressava com frieza o desejo de matar seus pais adotivos e seu irmão. Que pode ser visto no documentário “A ira de um anjo” exibido pela rede de Tv HBO de 1992 que foi compilado a partir de fitas gravadas pelo Dr. Ken Magid, clinico especializado em crianças severamente abusadas. Seu tratamento teve um final feliz. Assim esperamos que como “ Beth Thomas”, Natsumi Tsuji também tenha se recuperado do trauma e que esteja ao lado dos seus tendo todo apoio da família e amigos.







Um comentário:

  1. Muito boa sua narrativa sua escrita perfeita amei vou assistir esse filme Voice.

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